quinta-feira, 2 de julho de 2009

A IMPRENSA E MICHAEL JACKSON


Apenas um complemento ao texto de ontem. Gay Talese, expoente do new jornalism, corrente norte americana que nos anos 1960 rompeu com os limites entre jornalismo e literatura, disse em entrevista à Folha de São Paulo que "a imprensa deve desculpas a Michael Jackson". Ele diz também que Gay Talese,que está no Brasil para participar da 7ªFLIP(Festa Literária Internacional de Paraty), na entrevista não se detém sobre a Internet, diz que "nem vale a pena discutir". Aliás, uma busca simples pelo nome do cantor no Google Imagens traz muito mais trucagens e piadas maldosas do que fotos de arquivo - é importante frisar aqui que Talese negligencia o potencial útil da internet,como as imagens gravadas por celular sobre a repressão no Irã que ganharam o mundo via o microblog Tweeter. Mas isso já é outro assunto.

Abaixo, transcrição de alguns trechos da matéria:



"A forma como o trataram é horrível" . Para ele,os problemas do astro pop-drogas,isolamento se agravaram pela forma irresponsável com que a imprensa lidou com as acusações de abuso sexual que pesavam sobre ele."Morreu difamado antes de ter morrido. Seja qual for a razão que o legista der para a morte,não vai fazer diferença.Ele começou a morrer quando as acusações ganharam as manchetes.Em conluio com os acusadores estava a mídia americana".



"Agora que Michael Jackson está morto todos se lamentam,como se sua morte fosse uma tragédia nacional. Mas ele já era uma tragédia nacional todos esses anos e ninguém o ajudou.Viveu em infâmia"





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