Este não é um blog de crítica, mas sim de reflexão a partir de filmes, HQs, peças, etc. Quem quiser ler textos excelentes sobre Encarnação do Demônio deve visitar as revistas eletrônicas Paisá e Cinética. Abaixo, alguns trechos. Primeiro, do amigo Francis Vogner dos Reis, na Cinética, depois de Filipe Furtado, na Paisá. Ambos, vale lembrar, são professores do curso "Panorama do Cinema Japonês" citado no post anterior:
"Se as cenas de torturas e sangue, por exemplo, escapam ao fetichismo (que é a sensação da série Jogos Mortais), é porque elas não são concebidas como uma câmara de tortura para um espectador voyeur e sádico, mas como um delírio, um pesadelo. O próprio personagem/diretor seria um maestro de cenas extremas, que impressionam mais pela plasticidade e agressão, do que pela mera e simples crueldade. Cenas como a mulher saindo da barriga do porco e a cena de sexo inundada por sangue, ou mesmo o purgatório com Zé Celso Martinez, aproximam mais o diretor da parceria Luis Buñuel e Salvador Dali do que desses recentes filmes de horror de tortura, porque o horror vem pela via das imagens absurdas (e até do sarcástico), não da mera representação da dor e da psicose" disponível em : http://www.revistacinetica.com.br/encarnacaododemonio.htm
"Tudo no filme gira em torno do ícone. A começar por um Zé do Caixão muito mais sedutor, capaz de trazer consigo um séqüito de admiradores e de encontrar belas mulheres mais do que dispostas a carregar seu filho. Não deixa de ser uma bela metáfora para a carreira do próprio Mojica: o Zé do Caixão de Encarnação é pop, mas é ainda mais marginal". Disponível em:
http://www.revistapaisa.com.br/agosto08/encarnacao.htm
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