segunda-feira, 21 de maio de 2012

REVIRANDO O BAÚ DOS GIBIS VELHOS


Que eu não tenho tempo pra escrever é sabido. Então aproveito para, daqui em diante, compartilhar boas descobertas que tenho feito ao desentocar minha coleção de quadrinhos, já que estou de mudança.
Começo com o primeiro exemplar da revista Caçadores, publicad pela Abril Jovem em maio de 1990. Nela, uma história (originalmente de dois anos antes) escrita pelo lendário Dennis O´Neil e desenhada pelo insensado Klaus Janson, então famoso por ter  recentemente  arte finalizado o Cavaleiro das Trevas de Frank Miller.

Apesar das referências, o começo da leitura vai mal. Os desenhos parecm ruins, o traço desleixado de Janson não parece responder a uma proposta expressiva nem a um tipo de linguagem coerente. Não parecem sequer um estilo definido. Ja a história é lotada dos clichês mais batidos possíveis. Tem um sábio japonês com suas frases a la Mestre Yoda e um vilão, o Pinguim, buscando soltar um veneno que "mata só mulheres e criancinhas".

Com tudo isso contra, como poderia "A armadilha do macaco", história que abre este volume, ter algum valor? A sequencia final, de duas páginas, quando Batman vai visitar Talia, filha de seu arquiinimigo e apaxoinada pelo heróis, é primorosa. Não há nada além da moça numa cama de hospital dizendo o que pensa e um Batman impotente e imóvel(a imoblidade é a antítese do superheróis, criatura que é só movimento)  . Parasse por aí essa seria só uma bela versão das várias vezes em que ele teve de negar o amor da moça, por ser filha de quem é, mas ele, apenas dizendo "também não posso esquecer de quem eu sou" explicita que sua obsessão em ser herói é ualgo que o fere, uma dependência que dói até mesmo no leitor. E termina com três quadrinhos arrasadores que desnudam uma fragilidade insuspeita e surpeendente do Homem Morcego. Brilhante.


2 comentários:

Mário disse...

ai eu vi conversa

Adilson Thieghi disse...

To encontrando cada coisa legal que eu nem lembrava que tinha...