quinta-feira, 23 de setembro de 2010

ARTE SEM FRONTEIRAS

Obs. o blogger está com problemas e teima em não carregar as imagens selecionadas. Retorno semana que vem com textos sobre a Bienal de Arte de São Paulo.

Não existem fronteiras estanques na arte. Mesmo os absolutamente sem talento, os oportunistas ou as pinturas que são vendidas em shopping centers para um público que não conhece arte dialogam em certa medida com a tradição artística seja por imitação, influência de professores ou outra razão.


Entre ao grandes isso não é raro, pelo contrário. Diz Susan Woodford em “A Arte de ver a Arte”(Circulo do livro) :
“Os artistas não criam num vazio.Eles são constantemente estimulados por outrso artistas e pelas tradições artísticas do passado.Mesmo ao reagirem contra a tradição, os artistas mostram sua dependência dela.é o solo onde brotaram e no qual se desenvolveram, e é dele que extraem seu alimento.Eles sabem disso e admitem-no sem constrangimento;o próprio Lichtenstein(Roy)disse: ´ As coisas que tenho manifestamente parodiado, na verdade, eu as admiro”.

E cita como exemplo a revolucionária Almoço na Relva(1863) de Manet cujas figuras estão dispostas da mesmíssima maneira da gravura de Marcantonio Raimondi, “O julgamento de Páris”(1520), esta por sua vez baseado numa pintura contemporânea, de Rafael. A fiura feminina tem seu modelo em esculturas gregas.

Enfim , nada disso é muito diferente do que ocorre com a chamada “cultura de massas”, as HQs de super-heróis no caso. Aqui nós vemos o tema da Pietá de Michelângelo, “repetido” pela “deposição da cruz” de Caravaggio e volta e meia reproduzido quando querem representar a morte trágica de algum super herói.

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