sexta-feira, 14 de maio de 2010

VIRADA CULTURAL- PRA QUÊ?

Enfim outra Virada Cultural e mais um enorme número de atrações rolando 24 horas por toda São Paulo. Ótimo, né? Não na minha opinião. A Virada começou como uma aposta de risco de imitar as "noites brancas" francesas, com atrações que atravesassem a madrugada, um oásis de cultura no meio da escassez de eventos culturais gratuitos na cidade. Só que foi inchando, inchando até atingir a massa crítica ano retrasado. Já 2009 foi o caos completo, com depredação, gente urinando de cima do viaduto do chá e pessoas não conseguindo nem sequer se desloar de um ponto outro do centro da cidade.
A que serve um evento assim? Aos marketeiros da prefeitura que rejubilam com números recordes(ano passado disseram que foram 4 milhões de pessoas, este ano esperam ainda mais), com certeza. Mas e ao público? A intenção era a de formar público, oque só é possível se você permite om que as pessoas irculem livremente entre uim ponto e outro, podendo encontrar uma pista de música eletrônica aqui, uma orquestra sinfônica lá e, no meio do caminho, ouvir heavy metal e ver uma exposição no CCBB. Senão o que acontece é a formação de bolsões de pessoas por interesse pessoal. Quem gosta de rock ,por exemplo, fica só no palco de rock e não toma contato com outras artes. Quem quiser ver comomdeveria ser a viarad cultural é só ir á virada esportiva., que até agora não cedeu à tentação de colocar atrações que chamam um públio enorme, além do tolerável.
E aí tem aquela história de que serve pra "repovoar" o centro, para trazer as pessoas de volta ao centro de São Paulo. Balela, o que ocorre é uma ocupação predatória, daquelas que o pensador Argentino Nestor Garcia Canclini fala tanto e que é herança duplamente maldita; do comporytamento do colonizador, que vinha aqui levava o que queria e deixava destruição para trás e do índio nômade, que usa até a fatigação um local e muda-se para outro. Não é cidadania, não é repovoação, nada . E nesse sentido não há um único dado que prove que a virada tenha contribuído.
E não é política cultural também, porque para isso teria de ter um objetivo , pelo menos um ideal, o que não há. E é de se pensar no gigantismo do evento, que traz um investimento igualmente giogante, se , pelo menos parte dele não seri muito mnelhor aproveitado numa execução de uma política pública de cultura. Um exemplo? Cinema a céu aberto. O governo financia a produção de filmes, mas não possibilita que eles cheguiem às pessoas.
A Virada não precsia inchar tanto ao ponto de explodir. Pode muito bem encontrar um tammanho e uma finalidade ideiais.

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