“O grande número de mendigos nas ruas é um problema gravíssimo do bairro”, foi o que disse Célia Marcondes, presidente da Sociedade dos Amigos e Moradores do Bairro de Cerqueira César à Folha de São Paulo em matéria da última terça-feira que tratava da revitalização de parques e praças empreendida pelo prefeito Kassab. Marcondes, sobre a revitalização, dissera que “finalmente resolveram dar uma melhorada nisso”. “Dar um jeito" nos moradores de rua é o que muita gente quer, tanto é que nas imediações de Santa Cecília se discute não doar mais alimentos a eles, para que migrem de lá, para onde foram desde que se iniciou um policiamento mais duro na chamada cracolândia. Que eles incomodam, não há dúvida, mas também as políticas públicas voltadas a eles são nulas. O caso é complexo: a maioria é de homens, usuários de drogas. Poucos são os com mais de 40, porque a taxa de mortalidade é ata nessa faixa. Os com mais de 40 são na maioria dependentes de álcool. Muitos não dormem em albergues justamente porque ficam longe dos centros, onde eles trabalham, muitas vezes recolhendo materiais reciclados. Há pouca assistência social voltada à reinsersão deles na sociedade, que passe pelo tratamento da dependência química. Enfim, estes são apenas alguns dados recentemente divulgados por pesquisas com moradores de rua, mas, apensar de tudo, são só números. Se você quiser ver além (ou através) dos números vá até o Espaço Cultural Gambalaia neste domingo conferir a última apresentação de "Oswaldo Raspado no Asfalto", peça da companhia Teatro de Asfalto que dramatiza depoimentos reais colhidos nas ruas.
Os números, então, se tornam pessoas, e os dados, vidas engraçadas, tristes e até trágicas.
Domingo, 20h – R.das Monções, 1018 - Santo André SP-
Os números, então, se tornam pessoas, e os dados, vidas engraçadas, tristes e até trágicas.
Domingo, 20h – R.das Monções, 1018 - Santo André SP-
F(11) 4316-1726 – Ingr. R$ 10.00 (a inteira)
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