Ai Weiwei ,que está nesta Bienal ,é um artista chinês de forte acento político. Tão forte que este ano levou uma surra da polícia chinesa e acabou hospitalizado. Recentemente em Tóquio ele expôs uma serpente toda feita com mochilas escolares que de tão grande e circundava todo o museu. A serpente, na cultura chinesa representa o perigo permanente.
Ai fazia ali um discurso em forma de arte, sobre um terremoto que vitimou mais de cinco mil e quinhentas crianças, tudo indica, pela fragilidade das escolas construídas pelo governo(apelidadas de escolas de areia).tudo o que restara delas eram as mochilas. O governo abafou o caso e Ai encabeçou num movimento para dar nomes as vitimas. Daí levou uma surra e seu blog foi bloqueado. Mas em Tóquio ele mostrou tudo isso numa criação a um só tempo monstruosa e fantasmagórica, assustadora.
Numa performance na Documenta de Kassel ele levou 1001 chineses que nunca haviam saído de seu país. Com eles, 1001 cadeiras em estilo tradicional chinês.
Encontro, choque e curiosidade de parte a parte, ocidente e oriente e todo um pensamento sobre presença, ausência, uso, beleza, estranheza que ocuparia páginas e mais páginas mas que é expresso apenas com objetos ordinários e pessoas. Porque a arte é pensamento mas é também um diálogo com quem a vê(vivencia). Como pregava Marcel Duchamp, aliás, a quem voltaremos.
Encontro, choque e curiosidade de parte a parte, ocidente e oriente e todo um pensamento sobre presença, ausência, uso, beleza, estranheza que ocuparia páginas e mais páginas mas que é expresso apenas com objetos ordinários e pessoas. Porque a arte é pensamento mas é também um diálogo com quem a vê(vivencia). Como pregava Marcel Duchamp, aliás, a quem voltaremos.
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