Eu paro por aqui de tratar de educação, mas deixo no ar algumas reflexões :
O movimento Todos pela Educação encabeçou uma “Carta-Compromisso pela Garantia do Direito à Educação de Qualidade”, de que participam uma série de entidades. O objetivo é que ela seja de conhecimento(e aceita) por todos os candidatos. Como eu já disse aqui, a população já se mobiliza, já cobra seus representantes. A carta resumidamente trata de estabelecer metas a serem cumpridas por quem seja eleito, como o alfabetizar todas as crianças até 8 anos de idade até 2014 ou estabelecimento de padrões mínimos de qualidade para todas as escolas brasileiras.
Para que isso se efetive é preciso investimento para além dos atuais 5% do PIB – Dilma disse em sua eventual gestão que serão de 7%, Marina, muito mais- falei disso na primeira postagem da série, Educação em Debate. De qualquer forma 5% já é uma evolução , em 2009 eram míseros 3,7 %.
A carta pede também a valorização do professor, tecla em que bati exaustivamente, lembrando sempre que arte-educador e professor de educação física são, eles também, educadores.
A íntegra da Carta e das Associações proponentes você encontra aqui:
http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/noticias/10186/carta-compromisso-por-educacao-de-qualidade-e-lancada-em-brasilia
Sobre o vestibular :Em artigo na Folha de São Paulo de 30/08 Cibele Yahn de Andrade, pesquisadora do núcleo de políticas públicas da Unicamp questinou dizendo que ele “ tende a fazer crer que o melhor aluno é aquele com a nota mais alta e isso confunde bom desempenho num exame com capacidade de desenvolvimento intelectual”. Para ela, a universidade deve ter o direito de procurar seus alunos e outras formas, inclusive através do sistema de cotas ou outras ações afirmatoivas (seja para alunos da rede pública, seja por questões de cor) porque o vestibular é uma forma de privilégio de poucos. Disse também que “desenvolver o ensino superior é estratégia essencial ao interesse público mais elevado”.
Atualmente quase todos os estados brasileiros utilizam algum tipo de avaliação do docente. Os melhores recebem aumento de salário, os piores, em alguns casos, podem ser punidos. Se há elogios, há críticas. Diz-se que é preciso antes, condições apropriadas de trabalho, recursos, caso contrário nem os alunos rendem e o professor acaba punido. O ideal, penso, é a conjugação das duas coisas. Com condições adequadas, pode-se exigir tanto nível intelectual do professor, quanto desempenho de seus alunos.
A seguir, encerrando definitivamente a série de postagens, links interessantes para quem quiser se aprofundar no tema .
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