Transcrevo aqui um trecho do livro "Cinema de boca em boca-Críticas de Inácio Araújo" (Imprensa Oficial) de já falei aqui e tem bastante a ver com o que estamos discutindo nas últimas postagens. Os grifos são meus:
“(...)numa entrevista à Veja, Décio de Almeida Prado falava da diferença entre o público de teatro dos anos 1950/1960 e o de agora.Ee diz que,naquele tempo,as pessoas viam uma peça de teatro e depois aquilo era motivo para conversa reflexão,durante dias.
Com o cinema não é tão diferente. O que se vê mais recentemente é a substituição de uma arte que nasceu popular por uma atividade de massa. É o que se pode chamar de cultura do blockbuster:a pessoa quer um filme agitado,com explosões,correria.Até aí,tudo bem.Não é por ter isso que um filme deixa de ter iportância.
Mas o que se está sedimentando,que me parece muito perigoso,é a idéia de que cinema é movimento. Muito bem.Estou até de acordo.Mas o que é movimento?Não é agitação. De algum modo ainda espero escrever pra quem se dispõe a fazer uma distinção entre essas coisas”.
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