“A câmera é um olho móvel que segue o ator. Sempre costumei,em planos móveisfazer as vezes de assistente de fotografia.para er de perto o foco e a qualidade da tomada. Trata-se de não perder os atores nem sua composição.Ela não pode ser mudada nessa hora. Filmes,para mim, são uma coisa ótica. A câmera é um olho em si. Você tem de gostar de quê? Da luz. Mas há certas regras. A primeira regra, penso, é estudar os rostos, a aparência geral da pessoa,do ator ou atriz(...)
Não basta iluminar a pessoa ou o rosto inundando o rosto de luz.Pode ser péssimo. Iluminar o rosto de frente achata o rosto,que perde suas melhores e mais interessantes características. Precisamos de sombras. Minha filosofia,em cinema, é a luz. Principalmente seu estilo, sua letra, seu toque é o que conta em um filme. Não é tanto a história em si mas seu estilo pessoal. Cinema, o lugar da linguagem assumido pela câmera,pela luz e pela montagem".
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