sexta-feira, 29 de abril de 2011

PEDE PRA SAIR !

Foi uma coincidência interessante. Pouco tempo depois da minha postagem dizendo que precisávamos de um seriado de Tropa de Elite, pra esfregar na cara de todos toda a hipocrisia e corrpção que movimentam a industria da violência no Brasil, reportagem de Graciliano Rocha para a Folha de São   Paulo de ontem(28/04)  veio para provar justamente  o que eu havia dito. O título era "Arma Ilegal cruza fronteira via serviço de motoboys". Pra não  ficar  me repetindo, reproduzo alguns trechos(grifos e parentesis são meus):

"Quase metade das 16  milhões de armas que circulam no país hoje são ilegais-7,6 milhões, segundo daados do Sistema Nacional de Armas da Polícia Federal. Muitas delas, mesmo fabricadas no Brasil,acabam enviadas ao extereior e  retornam,de maneira ilegal, via fronteira(Paraguai)"

"Segundo Melina (Risso, diretora do Instituto Sou da Paz), vários estudos demonstram que grande parte dod homicídios ocorrem com uma arma de fabricação nacional,mas comprada de forma ilegal via fronteira".

quarta-feira, 20 de abril de 2011

PRECISAMOS DE UM "TROPA DE ELITE" POR SEMANA


No Brasil o que não falta é lei. Existe pra tudo. Até jogar papel pela janela do carro é infração de trânsito. Só que aqui é possivelmente o único país do mundo em que existe a leei que pega e a que não pega. Ou seja, a lei,em si, não vale grande coisa, o que vale é se é aceita pela sociedade ou não.

Agora é a vez  do bullying, querem transformar em crime. Só mesmo num país onde a força da palavra, da retórica(vazia) tem tanta pompa (o tal do "tenho dito!") se pode pensar nisso, colocar tudo como caso de polícia.  Mandar preder e pronto. "Cadeia neles!  Pau neles!". Eles quem? Ora, os de sempre, os sem um tostão no bolso, porque para os endinheirados a lei não  pega. É provado que ,quando a aaplicação da lei é subjetiva, como no caso da quantidade de droga que configura tráfico, os juízes decidem de maneira diferente se o preso  for  um garoto de classe média ou um favelado. Essa conversa de cadeia e porrrada só serve pra demagogia dos Datenas da vida aumentarem mais o ibope a cada tragédia,como foi o caso do atirador do Realengo. E os demagogos três escalões acima, lá no senado, já propõem outra lei, ou melhor, a volta do plebiscito pela  proibição da venda das armas de fogo.
Ninguém em sã consciencia pode ser contra a idéia, mas o faato é que o buraco é bem mais embaixo. Vende-se isso como a solução contra a violência. "e tenho dito!"  E pronto, amanhã não morre mais ninguém.

Me lembra bastante outro caso bastante triste, o do  ônibus 174.  Na ocasião  o ex- presidente FHC, pressionado pela midia assombrada com "a escalada da violência em nosso país" tirou da cartola uma idéia mirabolante e milagrosa, transferir verbas destinadas  à  iluminação pública para o combate à  violência. O que  quer que significasse "combate à violência", não deu em nada, nem sei se de fato usarama  tal verba, se ela saiu e chegou a algum lugar.

Voltando ao plebiscito, sabemos  bem que as armas e a munição que matam esse tanto de gente não são compradas em lojas por pessoas  que fazem curso de tiro e registram a compra com seu CPF. Sabemos bem que vem de quartéis, pelas mãos de policiais corruptos, por vigilantes de empresas de segurança, por esquemas torpes dos próprios fabricantes de  enviarem os produtos para fora do país ilegalmente  e que retorna como "contrabando". Ora, uma gigante  dos cigarros fazia isso, e, pimba, seus produtos apareciam nos camelôs  "ninguém sabe como".

Os esquemas são complexos, tem gente graúda envolvida e fortunas  na jogada e não é baixando uma lei que vai se resolver alguma coisa  (com  Tropa2 deixa claro) . Ora, se não se impede nem o pessoal de jogar papel pela janela, vai impedir comércio ilegal de armas? O pior é que essa cultura (porque é de uma cultura nacional que se trata) de baixar lei para tudo e depois não dar conta de colocá-la em prática, cria outra cultura, a da subversão da lei frouxa,  o tal do jeitinho. E então a lei, por si, perde crédito junto ao povo.

É por isso o tútulo dessa postagem, porque Capitão Nascimento, o herói vencido que não desiste nunca, poderia muito bem estrelar uma série  de TV, tantas são as falcatruas,  as entranhas podres, as demagogias deste páis. Teríamos um Tropa de Elite por semana e ,pelo menos por uma horaco, a alma lavada.


sexta-feira, 15 de abril de 2011

VIRADA CULTURAL 2011

Dicas rápidas e rasteiras para a Virada Cultural:

MÚSICA
Meia Noite de sábado, no palco  República tem Toni Tornado acompanhando Don Salvador e Abolição revivendo a black music brasileiira dos anos 1970.
Tornado tem ,na verdade, muito mais estrada como  ator do que como cantor, mas sua imagem continua evocando o black power brasuca  da era dos festivais e vira e mexe aparece como convidado de alguém que recvive o  estilo(foi assim quando o  Jota Quest começou, ainda com o nome de J.Quest) 
. Não era de longe o melhor  da nossa soul music(tinha Cassiano, Hyldon e oTim,claro)  nem o mais "James Brown" da galera (posto que, sem dúvida, cabia a Gerson "King" Combo) mas cravou pelo menos uma música imoprtla no nosso cancioneiro, BR-3. O cabelão e os passo de dança  frenéticos à James Brown podem ter ficado no passado, mas Tornado ainda tem algo do vozeirão pra sacodir o público com pancadas suingadas como "Podescrer amizade" e "Mané beleza".
Don Salvador é pianista  brilhante, egresso do sambajazz e da bossa nova e acompanhou Elis Reegina em várias ocasiões.  Foi morando nos EUA (onde também "estagiaram" Toni Tornado e Tim Maia) que Don  Slavador conheceu a black, os hippies e voltou pra fazer em 1971 um cometa que foi a banda "Don salvador e Abolição" e o disco "Sangue,Suingue e Raça". É esperar e torcer pra que Don nos entregue  a poderosa "Uma vida", que começa com um arrebatador solo de piano.


PS. Quem quiser um "acompanhamento" bastante interessante ao show é só corre nua banca e comprar a Revista de História da Biblioteca Nacional deste mês (n 67), que traz uma matéria sobre o "black power" brasileiro, e a apresentação de Tornado ao lado do Trio Ternura no festival da Canção de 1970 sem esquecer,claro, da implicância dos malas da ditadura
CINEMA

O maltratado Cine Windsor(Av Ipiranga, 974), há anos relegado ao destino que agora recebe o Bleas Artes, retoma a vida para qual nasceu nesta Virada trazendo 24 horas de filmes de José Mojica Marins.


Destaque para o raríssimo A Estranha Hospedaria dos Prazeres (16h de domingo), de 1976, que não é exatamente um filme do Zé do Caixão(é do período que a censura estava no pé do personagem)e tem clima de HQ de terror .Não é o melhor Mojica, mas essa é oportunidade única de ver uma cópia decente do filme que não foi lançado em DVD.

Também inédito em DVD é o longa Inferno Carnal, que é do mesmo ano e também só existe em película e conta a história de um cientista defirgurado pela mulher infiel e que parte em bsca de vingança. Passa às 14h do domingo.Agora o melho mesdmo fica por conta dos classicos acomo À Meia Noite Levarei sua Alma, exibido, claro, at the midnight hour.

Bons pesadelos !



quinta-feira, 7 de abril de 2011

OUTRA FACE DO CONCRETISMO


Encerraram-se dia 3 deste mês duas excelentes mostras dedicadas à arte  concreta e seus desdobramentos. Uma  era retrospectiva de Judith Lawland,  outra, mais  ampla, composta por diversos artistas desde os anos 50. Mas o concretismo, de influência poderosa na cena artística nacional, pode ser visto novamente,  agora na  Caixa Cultural, pelas mãos de outro artista fantástico, Dionísio DelSanto.

Dionísio é gravador(faz xilo, serigrafia) e coloca em contato com o racionalismo e a lógica da arte concreta a xilo, com toda suas linhas errantes além de um misticismo todo particular.


Caixa Cultural - Conjunto nacional , Av Paulista, 2083.
Visitação até 24 de abril
de terça a sábado das 9 às 21 horas
Domingos e feriados das 10 às 21 horas