quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ELES FAZEM JORNALISMO?

O propósito do jornalismo é a "difusão objetiva dos fatos através da informação e interpretação  dos acontecimentos  que são notícia".O jornalismo(ou as ações jornalísticas) deve ser guiado por um "princípio ético universal". Deve também assegurar a todo indivíduo o direito de ser informado.

propósito da publicidade é a "difusão de idéias pela via da sugestão emocional para coagir sobre o receptor".  Deve servir e ffazer valer os objetivos da organização a que representa. Por sugestão emocional entender apelo ao imaginário e ao inconsciente.

Ass citações são de um livro de teoria da comunicação e jornalismo cujo nome e autor  eu, desastrosamente, perdi.  Mas são literais,garanto.

Para quem não é familirizado com o termo, "receptor" é parte do jargão da linguística, da semiótica e das teorias da comnicação em geral que designa, grosso modo, aquele que recebe a mensagem, que  pode ser uma frase dita, um programa de tv, um filme e por aí vai. È aquele esquema : emissor-meio-mensagem-receptor.
Abro um parêntesis para retomar rapidamente as  postagens anteriores: a noção de receptor se aplicaria ás artes em geral, esta é a visão da semiótica, que se empenhou em desenvolver maneiras de se interpretar a arte.fecha parêntesis.

Pode-se critiocar o autor pela ênfase na idéia algo kantiana de "princípio ético universal" e da noção utópica de "objetividade" no jornalismo, todos conceitos de certa forma  ultrapassados, ou,pelo menos, relativizados.
No entanto chega a ser didático pegar essas definições e aplicá-las à descrição de duas reportagens exibidas pelo SP Record, de Reynaldo Gottino, que têm objetivos bem claros. Ou uma "intenção".

Mais definições do autor:
Inteção: execução de um fazer (ela controla conscientemente a ação)
Propósito: É a função que um fazer pode ter.

E  aí eu pergunto; é jornalismo o que eles fazem?

***

Como já  adiantara o Mario Cesar nos comentários da postagem anterior, é um verdadeiro show. Ou showrnalismo,pra usar um termo criad pelo jornalista José Arbex Jr e que deu nome a um livro de sua autoria  que tratava de boa parte da midia jornalística. Acrescento que,além de show, além de uma publicidade feita para endossar a idéia de um mudo em colapso onde o jornalista-justiceiro é necessário, nesse caso em particular é um show de grand guignol, o teatro popularesco do século 19 onde o público ia para assistir perfeitas encenações de corpos mutilados, violêncioa extrema e muito sangue.

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