Hoje no Bom Dia Brasil e depois no SPTV a jornalista Carla Vilhena chamou matéria em que dois pixadores foram flagrados pela Polícia (e pela câmera da TV Globo) e, em seguida, ao descer do prédio, caíram e foram levados ao hospital. O tom tanto da matéria quanto da locução de Carla, foi de comemoração. Só faltou dizer “bem feito”.
OK, ninguém é obrigado a gostar de pixadores ou de pixação e é quase lugar-comum dizer que “graffiti é bacana, pixação não”, mas a postura do jornalismo da Globo e de Carla Vilhena é a de sempre, a do desconhecimento dos temas que trata. A Bienal de Arte deste ano (abrirá em setembro) irá discutir exatamente isso, as fronteiras movediças entre arte , política, arte-política e “pixo” . E ninguém espere uma resposta, afinal eles não tem uma. A proposta inicial é de que o pixo é uma manifestação política, mas não arte. Isso é só uma idéia a ser discutida a partir de fotos e vídeos que serão expostos pelo pessoal que, ano passado, invadiu e pixou o andar vazio da própria Bienal, intitulada muito apropriadamente de Bienal do Vazio.
Ora, e no vazio de proposta e de perspectiva de uma Bienal de obras medíocres escolhidas uma direção então acusada de inepta e corrupta, o “pixo” foi o que mais chamou a atenção, logo, nada mais justo do que eles entrarem pela porta da frente e confrontarem suas ações à arte dadaísta(o gesto destrutivo, a irreverência, a não-arte).
Enfim, ninguém precisa gostar dos pixadores, mas também ninguém precisa engolir mais uma matéria moralista, “datenesca”, e vazia de informação. E levar informação é a obrigação do jornalismo.
OK, ninguém é obrigado a gostar de pixadores ou de pixação e é quase lugar-comum dizer que “graffiti é bacana, pixação não”, mas a postura do jornalismo da Globo e de Carla Vilhena é a de sempre, a do desconhecimento dos temas que trata. A Bienal de Arte deste ano (abrirá em setembro) irá discutir exatamente isso, as fronteiras movediças entre arte , política, arte-política e “pixo” . E ninguém espere uma resposta, afinal eles não tem uma. A proposta inicial é de que o pixo é uma manifestação política, mas não arte. Isso é só uma idéia a ser discutida a partir de fotos e vídeos que serão expostos pelo pessoal que, ano passado, invadiu e pixou o andar vazio da própria Bienal, intitulada muito apropriadamente de Bienal do Vazio.
Ora, e no vazio de proposta e de perspectiva de uma Bienal de obras medíocres escolhidas uma direção então acusada de inepta e corrupta, o “pixo” foi o que mais chamou a atenção, logo, nada mais justo do que eles entrarem pela porta da frente e confrontarem suas ações à arte dadaísta(o gesto destrutivo, a irreverência, a não-arte).
Enfim, ninguém precisa gostar dos pixadores, mas também ninguém precisa engolir mais uma matéria moralista, “datenesca”, e vazia de informação. E levar informação é a obrigação do jornalismo.
**
Se eu pudesse, recomendaria à sempre preocupada Carla a leitura do fanzine Subsolo- Ruas do ABC Paulista
Repito: ninguém precisa gostar, mas deve conhecer.
***
A propósito, dia 11/06, às 19h00 em Santo André, lançamento do número 3 da Graffiti Poético. Informações no site.
Um comentário:
na minha opinião , ARTE , é tudo aquilo que carrega um sentimento , seja ele bom ou ruim . Já que atualmente um quadro em branco pode ser considerado uma obra de arte , porque uma pixação não? Alias , uma pixação , que carrega mais sentimentos que uma pintura abstrata , sentimentos esses de revolta e ódio , que surgem dos meios urbanos mais profundos , amargurados com juventudes difíceis ...È absolutamente impossível dizer que não exista sentimentos por traz de tais manifestações , mas não quer dizer que sejam sentimentos bons e que iram provocar reações boas a qualquer pessoas, mas necessário admitir que é uma obra de arte , já que em suas raizes exista tanta informação , sentimentos e revoltas politicas ...
Postar um comentário